QUE TAL CHAMAR DEUS DE PAI E VER DEUS NO SEU PAI?

QUE TAL CHAMAR DEUS DE PAI E VER DEUS NO SEU PAI?

Ah, meu irmão e minha irmã, quantos de nós têm certa dificuldade de chamar Deus de Pai porque não teve um bom relacionamento com o seu pai biológico ou de criação, hein? Para essas pessoas, a palavra “pai” não traz boas recordações e faz pensar em um ser mau, grosso, nervoso, irritado, muito bravo e até uma figura inacessível, entre muitas outras características negativas. E, dessa forma, vai provocando até mesmo um bloqueio que torna extremamente difícil chamar a Deus de Pai. Quanto mais dizer que esse Pai é um Deus misericordioso, compassivo e cheio de bondade!

Uma vez que não há amor e respeito pelo pai, abre-se uma lacuna que, por vezes, é preenchida por uma ridicularizarão da figura paterna. A figura do Pai sonhada por Deus e meta do Homem que é o Provedor, o Protetor, Aquele que corrige. Mas, infelizmente, a figura e o retrato que se tem na realidade, em diversos casos, são pais preguiçosos, irresponsáveis, atrapalhados,  e que se tornam pais sem querer; são rudes, agressivos, incompreensivos.

Diante disso, distorcer a figura paterna, sobretudo, prejudica a referência para os filhos. Os quais ficam sem o seu “porto-seguro”, que é o pai. Para os filhos de modo geral, a voz do pai é muito importante para formar em si a sua personalidade. Uma vez que todo pai nasceu vocacionado a ser “herói”. E heroísmo tem muita relação com sacrifício, renúncia e amor manifestados na simplicidade de um abraço ou um conselho sábio de um pai para um filho.

Por trabalhar na área social e lidar com várias famílias monoparentais chefiadas por mulheres, conheço filhos de pais separados ou casos em que o Pai não assume o seu papel, que escutaram a mãe falando mal do pai a vida inteira. Como chamar Deus de Pai em meio a essas realidades?

Somente pela experiência profunda com Jesus Cristo, que é a revelação do Rosto Misericordioso do Pai! No diário de Santa Faustina ouvimos esta verdade vinda dos lábios de Jesus: “Oh, se pudessem compreender que Eu sou para eles o melhor Pai, que por eles jorrou do Meu Coração o Sangue e a Água como de uma fonte transbordante de misericórdia” (D. 367).

Há uma música muito bonita, singela e profunda, do Missionário Shallom, que diz assim:

“Meu Pai, abraça-me bem forte
E me prende bem junto a Ti
Não me deixes ir para longe de Ti
Pois não sei viver sem o Teu … amor.”

Deus te escolheu para um trabalho, para uma missão. Mas, primeiramente, antes de sermos qualquer coisa neste mundo, somos filhos de Deus. Antes de nascermos, Deus já sabia tudo o que aconteceria em nossa vida. Se o pecado roubou a nossa identidade, temos a oportunidade de recuperá-la quando nos colocarmos na presença de Deus. E o Espírito Santo de Deus nos deu a graça de sermos filhos do Pai. Jesus deu a herança do Pai a nós. Somos coerdeiros de Deus.

O Senhor quer que saibamos que temos um Pai que nos ama. Mas, muitas vezes, em nossa oração nos referimos a Deus como Senhor e nos esquecemos de que Ele, também, é o nosso Pai. São João diz (Jo 3, 16) que Deus amou-nos a tal ponto que deu seu Filho único para morrer por nós na cruz para que a gente não se perdesse. Não tem amor maior do que isso. O amor de Deus é de Pai, é explícito, agora é preciso ter fé para acreditar nisso. De modo que bem nos ensina nosso querido Papa Francisco ao dizer que: “Todo o mistério da oração cristã se ressume aqui nesta palavra: ter a coragem de chamar Deus com o nome de Pai”.

E, ao final dessa leitura, fica o convite para você, caríssimo irmão e irmã, a buscar retomar seu relacionamento com o seu pai da terra, de forma a restabelecer em si a figura paterna, sobretudo, a sua ótica sobre Deus! Contudo louvamos e bendizemos ao Senhor pelos que com responsabilidade, dedicação e amor abraçam a paternidade, dando honra e nobreza aos seus filhos e filhas à imagem de São José, fazendo de seus lares verdadeiros Santuários da Vida, reconhecendo a sacralidade presente neste dom tão precioso: Ser Pai.

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