A mulher católica – Patricia Nunes

O que é ser mulher para você? Se veio à sua mente apenas uma pessoa implorando ao padre Pio o dom da bilocação, pois em sua cabeça já não cabem mais tantos compromissos, cobranças, principalmente interiores; se dentro de você ressoou aquele “cri cri cri” ou se lhe faltaram as palavras para expressar a resposta que existe lá no fundo de seu coração, convido você a se ajeitar na cadeira e eliminar as distrações, pois este artigo tem muito a ajuda-la, assim como me ajudou ao escrevê-lo.

 A palavra que irá nos direcionar está em I Tm 2, 11-15.

“A mulher ouça a instrução em silêncio, com espírito de submissão. Não permito à mulher que ensine nem que se arrogue autoridade sobre o homem, mas permaneça em silêncio. Pois o primeiro a ser criado foi Adão, depois Eva. E não foi Adão que se deixou iludir, e sim a mulher que, enganada, se tornou culpada de transgressão. Contudo, ela poderá salvar-se, cumprindo os deveres de mãe, contanto que permaneça com modéstia na fé, na caridade e na santidade.”

Aposto que você, mulher, assim como eu, quando leu esse trecho bíblico pela primeira vez, pensou que essa passagem fosse extremamente machista, que hoje os tempos são outros e que essa palavra aprisiona a mulher. Realmente os tempos são outros. A mulher, insatisfeita pessoal e profissionalmente, ou por necessidades financeiras (não cabe aqui esgotar tais motivos), muitas vezes opta por sair de dentro de seus lares, sobrecarregando-se, negligenciando os cuidados domésticos e adoecendo psicologicamente, pois não consegue se libertar das imposições dos tempos atuais. Os tempos são outros sim, mas existe a essência, os valores e estes são atemporais. O que precisamos trazer para os tempos atuais acerca dessa citação é a luta de Paulo contra os excessos, ou melhor, contra as faltas dentro do lar, e contra a autoridade ilegítima das mulheres sobre os homens, perdendo sua essência ao querer ser igual ao homem. Não percebemos que, agindo assim, estamos dizendo que o homem é melhor, pois ninguém quer ser igual a alguém pior do que ele, certo?

A nós, mulheres, foi dada uma grande autoridade. Profeticamente temos o poder de esmagar a cabeça da serpente, mas a serpente tem conseguido nos distrair, convencendo-nos de gastar nosso tempo e nossas forças buscando ser igual ao homem; o que tem nos adoecido, levado a doenças psicossomáticas, como a depressão, por exemplo, fazendo-nos acreditar que somos fraquinhas e incapazes. Claro, pois nossas forças estão sendo utilizadas da maneira errada.

Se uma mulher está perdendo a batalha é porque não está usando as armas corretas, com certeza por não ter consciência do tamanho poder que Deus conferiu a ela. Observando a gestação das mulheres santas da história de nossa igreja, encontramos grandes embates, pois satanás investiu pesado na luta contra o nascimento delas, pelo fato de serem mulheres, capazes de influenciar muitas gerações futuras E o homem, tão influenciável pela mulher, tem se visto perdido, muitas vezes se porta como um banana, trocando os pés pelas mãos em suas decisões e atitudes, isso desde os tempos de Adão e Eva. Não existem homens como antigamente porque não existem mulheres como antigamente e a serpente tem circulado livremente dentro de nossos lares.

Quando a palavra de Deus pede que a mulher viva essa submissão, ela considera que o homem esteja também cumprindo, de forma criteriosa e fiel, seu papel de homem. Realmente quando um dos dois não cumpre o estabelecido, torna-se difícil para o outro se imaginar sendo o idiota que aceita tudo. Deus não disse que seria fácil! Ele disse que estaria sempre conosco!!! Até que ponto eu devo permitir que as atitudes do outro digam como eu devo agir? Será que Deus não me honrará se eu der o primeiro passo em relação ao cumprimento do que pede a palavra dEle?

Impossível falar desse assunto sem citar uma carta que, em 1995, o Papa João Paulo II escreveu para nós mulheres:

“Infelizmente, somos herdeiros de uma história com imensos condicionalismos que, em todos os tempos e latitudes, tornaram difícil o caminho da mulher, ignorada na sua dignidade, deturpada nas suas prerrogativas, não raro marginalizada e, até mesmo, reduzida à escravidão. Isto impediu-a de ser profundamente ela mesma, e empobreceu a humanidade inteira de autênticas riquezas espirituais.”

Em outras palavras, a deturpação da essência feminina tem trazido grandes prejuízos para a sociedade, principalmente para o âmbito familiar. Padre Paulo Ricardo afirma que satanás tem atingido as famílias deturpando a essência feminina. Quando li essa afirmação, foi como se escutasse um “EURECA”, no sentido de ter encontrado algo que explicasse tudo o que eu tenho observado e sentido em relação às famílias.

Em tempos onde existem vários modismos ditando como deve ser o comportamento feminino, falar de submissão, da essência feminina segundo aquele que é a única verdade, é comprar briga até mesmo com as mulheres que se dizem cristãs. Mulher católica, peço a Deus a graça de que estas palavras inquietem seu coração, que a faça refletir, a tire da sua zona de conforto e a faça ir além em seu processo de ascese espiritual.

Que a Mãe da Misericórdia lhe abençoe. Abraços fraternos de Patricia Nunes.

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